Conheça a história do Jardim Botânico Araribá
O Jardim Botânico Araribá, que se propõe a conservar como um banco de sementes vivo desta biodiversidade. e tem também como objetivo aprofundar a pesquisa sobre plantas da Mata Atlântica que são medicinais, alimentícias, fibrosas para construção de abrigos e roupas.
Em Amparo, Jardim Botânico Araribá estabelece parceria internacional inédita que ajuda a preservar árvores nativas ameaçadas de extinção.
Quatro espécies de árvores nativas do Brasil e ameaçadas de extinção estão inclusas em um projeto internacional de preservação já em andamento no Jardim Botânico Araribá (JBA), em Amparo, município paulista na região de Campinas. O nosso velho conhecido pau-brasil (Paubrasilia echinata), além do cedro rosa (Cedrela fissilis), do ipê felpudo (Zeyheria tuberculosa) e do tataré (Chloroleucon tortum) já passam pelo processo de coleta de sementes e multiplicação. As mudas produzidas serão plantadas em áreas de mata nativa, num raio de 50 quilômetros no entorno de Amparo, tudo isso num prazo de três anos.
Parcerias internacionais
Quem conta a história é o educador ambiental e produtor agroecológico Guaraci Diniz, que é também presidente do Grupo de Ações e Estudos Ambientais – GAEA – o grupo, por sua vez, é gestor do Jardim Botânico Araribá, da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Duas Cachoeiras e do Sítio Duas Cachoeiras, todos dividindo uma área de 30 hectares, também em Amparo. “Obtivemos a aprovação do Projeto Integrado de Preservação de Espécies Ameaçadas de Extinção no início de 2019 e estamos levando-o à frente desde então”, relata Guaraci, informando que a empreitada é feita em parceria com a Botanic Gardens Conservation International (BGCI), do Reino Unido, e tem financiamento da Franklinia Foundation e da Global Trees Campaign.
O BGCI, que já atua em parceria com o maior jardim botânico do mundo, o Royal Botanic Garden, de Londres, “adotou” mais um projeto em terras brasileiras, desta vez com o Jardim Botânico Araribá. “O trabalho ganha especial importância se nos lembrarmos que as quatro espécies estão classificadas, na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), como criticamente ameaçadas de extinção”, diz Guaraci.
Ele explica que, no primeiro ano do projeto, a meta é identificar matrizes dessas quatro árvores, coletar sementes e produzir 1.600 mudas, sendo 400 de cada uma das espécies escolhidas. “Serão desenvolvidos também, ainda em 2019, os protocolos de propagação e o monitoramento de desenvolvimento de cada semente germinada”, detalha.
Composições florestais
Formada por 3 áreas, vegetação sussecional em 4 fases de desenvolvimento.
30%
60 a 80 anos de idade
40%
25 a 30 anos de idade
28%
08 a 12 anos de idade
2%
03 a 04 anos de idade
Conheça mais sobre o Sítio Duas Cachoeiras
O Sítio Duas Cachoeiras, é uma área rural localizada na serra da Mantiqueira, onde são desenvolvidos os trabalhos de cultivos Agro ecológicos e orgânico, criação de animais e conservação e recuperação do solo e água e das florestas nativas.
A área do SDC – Sítio Duas Cachoeiras hoje:
22 hectares estão destinados a Preservação e Restauração Ecológica
16 hectares estão sendo reflorestados e também manejados com sistemas agroflorestais desde 1996, considerando também a formação de um banco de sementes de árvores nativas
10 hectares sobrepostos a estas fisionomias formam também o Jardim Botânico Araribá, que se propõe a conservar como um banco de sementes vivo desta biodiversidade. e tem também como objetivo aprofundar a pesquisa sobre plantas da Mata Atlântica que são medicinais, alimentícias, fibrosas para construção de abrigos e roupas.
6,3 hectares estão estabelecidos como uma Unidade de Conservação, uma RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural. Esta área é uma doação do Sítio Duas Cachoeiras para a preservação da natureza. Esta área passa a fazer parte do SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
O que isso quer dizer?
Quer dizer que 6,3 hectares doados pelo Sítio Duas Cachoeiras são uma área PROTEGIDA para a conservação do patrimônio natural e sua gestão é realizada através de um planejamento, que se chama “PLANO DE MANEJO”. Este plano é gerido por um GRUPO GESTOR DE INICIATIVA PRIVADA e não pelo poder público. É oficializada pelo governo do Estado e tem CARÁTER VITALÍCIO, independente do destino que se dê a propriedade rural como um todo.
Nossas áreas de foco
Trabalhamos em cinco principais áreas: preservação, conservação, agroecologia, educação e pesquisa. Nosso objetivo é promover a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente, por meio de ações práticas e conscientização.
